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Mercado imobiliário

INCC – Entenda o que é e por que ele é importante para sua imobiliária

Quem já foi em busca da casa própria já se deparou com diversos tipos de dúvidas durante o processo de compra. Diferentes tipos de financiamentos, taxas e contratos são comuns e podem causar certa confusão na hora de organizar os planos.

Por isso, é de extrema importância conhecer e entender todos esses diferentes tipos de trâmites. E isso, claro, vale também para o corretor de imóveis! Com esse conhecimento, é possível auxiliar os clientes, sanar dúvidas e de quebra garantir um bom posicionamento na mente do cliente.

Pensando nisso, a postagem de hoje foi feita para instruir os corretores a ficarem ligados em outra sigla: INCC. Preparado para adquirir mais conhecimento e estar cada vez mais à frente da concorrência na hora de fechar uma negociação? Continue a leitura!

O que é o INCC?

Apesar de ser um dos índices menos lembrados na hora dos cálculos com o mercado imobiliário, com certeza, é um dos mais relevantes. A sigla dá referência ao nome do índice Nacional de Custo de Construção.

Esse índice mede a variação do custo dos insumos utilizados em construções habitacionais. Sua principal função é reajustar as parcelas de contratos de compras de imóveis. Isso, claro, durante a fase de construção dos mesmos.

O valor do INCC afeta também a parcela de financiamento de imóveis ainda na planta. Por isso, é fundamental que os corretores – e até mesmo os clientes finais – tenham uma boa noção desse índice.

Um pouco de história – como o INCC surgiu?

 O cálculo do INCC – feito mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) – nem sempre contemplou todo o país. Sua primeira versão, de fato, veio na década de 1950 e foi criada pela própria FGV da época.

O Índice de Custos de Construção (ICC) como era chamado, rastreava e calculava apenas os custos no mercado de construção local. Mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro, que era a capital federal à época.

Com o crescimento das cidades e a expansão de outros estados nas décadas seguintes, a atividade econômica se descentralizou. Com isso, o Instituto Brasileiro de Economia da FGV passou a pesquisar e acompanhar os custos em outros lugares.

O avanço tecnológico permitiu a inclusão do custo de outros produtos e especialidades aplicadas hoje no mercado. Hoje, o cálculo funciona a base do custo de materiais, equipamentos, serviços, mão de obra e tecnologia.

Como funciona o cálculo do INCC?

Já foi dito anteriormente que o índice considera equipamentos, serviços e valores de materiais, entre outros fatores. Explicando um pouco mais a fundo, o índice é composto pela média ponderada dos dados coletados.

Ou seja, os dados são coletados nas sete cidades analisadas – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília. Posteriormente, é feita uma combinação de um sistema de preços e um sistema de pesos.

Para se ter uma noção, o custo de materiais, por exemplo, é dividido em três grupos: estruturais, instalações e acabamentos. Isso facilita o trabalho da FGV, que obtém esses dados através de orçamentos de empresas de engenharia civil.

Parcela do Imóvel – Como esse índice influencia na cobrança

Existe uma diferença entre comprar um apartamento pronto e comprá-lo na planta. Isso porque quando ele está pronto, já foi superada a fase de ajustes com prazos, preços e outros pontos envolvendo a construção do mesmo.

Quando se compra um apartamento na planta, não se está só comprando um imóvel, mas sim financiando a construção do empreendimento. Seguindo o raciocínio, a construção está sujeita à variação do custo dos materiais utilizados, por exemplo.

É nessa etapa que entra o Índice Nacional de Custos de Construção (INCC), que é usado para reajustar o saldo devedor durante essa fase. Isso impede que os diversos lados responsáveis pelo desenvolvimento do empreendimento, sofram com perdas através dessas variações.

Dando um exemplo um pouco mais prático e simples, vamos supor que um consumidor está construindo a casa própria. Antes da construção, foi cotado o material, mão de obra, e outros pontos importantes, estabelecendo um orçamento.

Contudo, ao longo da construção, houve uma variação desses custos, uma vez que os materiais e até a mão de obra se tornaram mais caras. Ou seja, será preciso complementar o orçamento da casa para que ela seja terminada.

Reajuste da Parcela – Como são aplicados os índices?

Antes de explicar um pouco mais sobre como o INCC é aplicado sobre o valor das parcelas, vale lembrar que ele não é um juros. Ou seja, ele não deve ser pensado e nem calculado como tal. Ele simplesmente corrige o valor restante para ajustá-lo a variação de custos de uma obra.

Vamos supor que foi pego pelo cliente um financiamento de R$100 mil reais com a construtora, e que foi dividido em 100 parcelas. O INCC utilizado no cálculo das parcelas será o de dois meses anteriores ao da parcela calculada.

Ou seja, se a parcela a ser calculada é do mês de abril, então se deve aplicar o índice de fevereiro. Assim, para calcular o saldo devedor corrigido de abril, deve-se multiplicar a quantia devida pela taxa de fevereiro e somar pela quantia devida novamente. Após isso, divide-se pelo número de parcelas total e tem-se o valor a ser pago em abril.

(R$100 mil x 0,13%) + R$ 100 mil / 100

O valor resultante será de R$ 1.001,30. Também, é importante lembrar que essa conta reflete apenas o valor da parcela. Não estão contabilizados nesse cálculo o valor de juros e outras taxas relativas a empréstimos e financiamentos.

Não deixe de ficar ligado nos índices mais importantes do mercado imobiliário e, principalmente, não deixe de buscar conhecimento e conferir as novidades do blog!

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